segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O que pensar da Intervenção à distância em Psicologia?


O desenvolvimento das novas tecnologias e a vasta cobertura dos serviços de Internet impulsionaram o aparecimento da intervenção psicológica à distância, tema emergente e controverso na Psicologia contemporânea de acordo com Jordanova (2005). Na verdade, surgiram inúmeros serviços online, tais como o e-mail, o World Wide Web, o Google, o Facebook…o Blog...  pelo que a intervenção psicológica pode inserir-se no conjunto dos serviços que encontramos na pequena janela para o mundo a que demos o nome de computador. Esta intervenção pode adoptar diferentes sufixos, nomeadamente e-, tele-, virtual- ou cyber-.
À medida que a tecnologia foi avançando, fomos assistindo à comunicação entre as pessoas de forma mais económica que o telefone, mais rápida que uma carta e mais eficaz que as demais formas de comunicação à distância existentes até então. As empresas rapidamente se aperceberam das vantagens de se actualizarem e colocaram os seus empregados a tratar de assuntos online, desenvolveram estratégias e-learning para que os seus funcionários se pudessem actualizar sem desperdício de tempo em deslocações, etc. A medicina cedo se tornou utilizadora das novas tecnologias, recorrendo, por exemplo a sistemas de telemedicina para o tratamento de doentes localizados longe do hospital, principalmente em localidades onde não há facilidades de deslocação às grandes cidades ou para aqueles utentes cuja deslocação era difícil.

Porque não a Psicologia aderir às novas tecnologias? A utilização das telecomunicações para entrar em contacto com os clientes tornou-se uma realidade. Pode proceder-se à recolha de informação, psicoeducação, intervenção, supervisão, consultas…. Serviços com elevada qualidade. Esta nova forma de “fazer” Psicologia pode ser utilizada quando o contacto face-a-face é impossível (Jordanova, 2005).

Será portanto pertinente enumerar as vantagens da Intervenção Psicológica à distância. Uma vez que o instrumento de trabalho possui diversificadas capacidades, podem ser utilizadas inúmeras aplicações para armazenamento de informação sobre cada cliente, podendo-se igualmente utilizar a informação (com o devido consentimento informado do cliente) para investigação, procedendo-se deste modo a uma economia de tempo, entre outros recursos, pois à medida que se procede à avaliação e intervenção, pode igualmente contribuir-se para a investigação científica (Rey, Alcañiz & Lozano, 2006).

De sublinhar igualmente que temos ao nosso dispor ferramentas já disponíveis como meio de comunicação – chats ou o serviço de e-mail (Rey, Alcañiz & Lozano, 2006), ou ainda o skype (Truman Group, 2011), que permitem uma interacção em tempo real entre Psicólogo e cliente. 

Com o recurso às diversas potencialidades das tecnologias informáticas, podem igualmente criar-se ambientes virtuais onde se pode proceder a tarefas de exposição, com reduzidos custos de deslocação aos ditos ambientes, sendo igualmente possível controlar variáveis, o que no contexto real nem sempre é exequível (Rey, Alcañiz & Lozano, 2006).

Para além de todas as potencialidades aqui destacadas, sendo as tecnologias de informação alvo de constante desenvolvimento e melhoramentos, novas aplicações podem ser imaginadas e desenvolvidas a todo o momento, contribuindo para melhoramentos na relação terapêutica, ainda que aqui esteja fortemente comprometida pela distância real.

Quando utilizar a intervenção psicológica à distância? Ganha relevo quando o cliente não tem ao seu dispor transportes, acessibilidades para se dirigir ao espaço físico onde os psicólogos se encontram; quando existem transportes mas a distância e o tempo dispendido nas deslocações se pode constituir enquanto barreira e motivo de desistência; para clientes que não saem das suas casas por limitações físicas ou psíquicas; para clientes que não podem suportar os custos associados ao tratamento psicológico; e ainda em situações extremas onde uma intervenção atempada se afirma como mais pertinente do que a in loco (Garcia et al. cit in Jordanova, 2005).
Num estudo de Simpson, Deans e Brebner (2001), os clientes expressaram a sua satisfação para com as sessões por videoconferência e alguns expressaram mesmo a sua preferência por este modo de comunicação por considerarem que reduz os aspectos relacionados com a exposição dos seus problemas face a face, aumentando a percepção de controlo sobre a situação, sentindo-se portanto mais “à vontade” para falar de assuntos difíceis. Também de acordo com Ainsworth e Wildermuth em 2004 e Lahad no mesmo ano, a satisfação dos utilizadores deste tipo de serviço psicológico varia entre os 68% e os 88% pelo que esta modalidade tem potencial para se desenvolver mais e melhor uma vez que os estudos revelam bons indicadores de satisfação com os serviços prestados.

Inevitavelmente, este tipo de intervenção tem desvantagens inerentes às condições impostas pela distância entre cliente e psicólogo. Tendo em conta que o instrumento de elite para a intervenção psicológica é a relação terapêutica, encontramos na Psicologia à distância lacunas a este nível uma vez que se torna mais difícil compreender e interpretar a linguagem não-verbal, por vezes tão pertinente na interpretação de sinais e sintomas, ainda que de acordo com Simpson, Deans e Brebner, em 2001, e a partir do relato de um terapeuta, a relação psicólogo-cliente não é comprometida pela tecnologia quando se utiliza a videoconferência. Para além da distância, importa salientar que nem todas as pessoas têm conexão à internet, computador ou competências para o utilizar... 

Primeiro estranha-se e depois?? 


Para mais detalhes, consultar:  

Jordanova, M. (2005). E-Psychology: Between Charity and Business. The Cyprus Journal of Sciences, (3) 19-31;

Rey, B., Alcañiz, M., Lozano, J. A. (2006) 9 New Technologies for Providing Remote Psychological Treatments. Cybertherapy. Internet and virtual reality as assessment and rehabilitation tools for clinical psychology and neuroscience;

Simpson, S., Deans, G. & Brebner, E. (2001). The Delivery of a tele-pshychology service to Shetland. Clinincal Psychology & Psychotherapy, 8 (2), 130-135;

 http://www.fenichel.com/online2010.shtml;

http://eng.gpfilm.ru


http://www.psicologia.com.pt

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Voluntariado

Sendo hoje e desde 1985 o dia Internacional do Voluntariado, e sendo este o seu ano, não podia deixar de relembrar que não custa nada e por vezes ganha-se tanto calor no coração. O nosso tempo é para partilhar, Partilhem!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desafio: Pôr a cabecinha a funcionar

Imagine que tem 9 bolas todas com a mesma aparência e sem nada que as distinga. No entanto, uma delas pesa menos que as restantes. O desafio é descobrir qual é a levezinha.

Para tal tem à sua disposição uma balança de dois pratos que pode ser utilizada somente duas vezes.


Como sabe qual é a bola mais leve?!

sábado, 12 de novembro de 2011

Mais um cheirinho

Ainda na dentro do mesmo tema, vou também ver este... o trailer promete :) parece me muito giro!
Dêem também uma espreitadela!

"I have this thing that's called Asperger Syndrome"

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Asperger: um cheirinho

"Mary and Max"
Este é o Max um adulto com Síndrome de Asperger que encontra uma boa forma de comunicar com alguém, evitando assim a confusão da vida diária!




Recomendo vivamente este filme que mostra um pouco do que é o Síndrome de Asperger, clique para ver o trailer:



consultar também
APSA - Associação Portiguesa de Síndrome de Asperger
e
Síndrome de Asperger - UK

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Depressão em Portugal é superior à média europeia

Doença contribui para o aumento da morbilidade de várias enfermidades

2011-09-28
Por Susana Lage

As perturbações depressivas afectam 7,9 por cento dos portugueses
As perturbações depressivas afectam 7,9 por cento dos portugueses
«Depressão: Tratar e Recuperar» é o lema do Dia Europeu da Depressão que se assinala a 1 de Outubro. Como forma de antecipar a data, está a decorrer, em Lisboa, um debate aberto à sociedade organizado pela Associação Europeia da Depressão, com o apoio da Clínica Universitária de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM).

O encontro tem como finalidade “sensibilizar as pessoas para os problemas levantados pelo tratamento dos quadros depressivos a nível europeu”, explica a vice-presidente da SPPSM, Luísa Figueira, ao Ciência Hoje.
A depressão é “problema de saúde pública grave” pois “afecta uma larga faixa da população”, diz Luísa Figueira. Trata-se de uma doença com grande impacto na qualidade de vida individual e familiar, sendo que contribui para um grande aumento da morbilidade de várias doenças, em particular, as cardiovasculares.

Um Estudo Nacional de Saúde Mental, feito em Portugal em 2010 por uma equipa liderada por Caldas de Almeida, revelou que as perturbações depressivas surgiam em 7,9 por cento da população. Este resultado “é superior à média dos países europeus e apenas inferior à prevalência anual nos EUA que é de 9,6 por cento”, refere a responsável.

Outro estudo tornado público, em 2011 por David Blachoflower e Andrew Oswald (dados do Eurobarometro), sobre o consumo de antidepressivos na Europa (27 países europeus) revela que anualmente um em 13 cidadãos tomou antidepressivos. A probabilidade é maior nas mulheres de meia-idade, desempregadas, divorciadas ou separadas e com um nível educacional mais baixo.

O consumo de antidepressivos é maior em Portugal, na Lituânia, na França e no Reino Unido. “Em Portugal 16 por cento da população tomou um antidepressivo no ano anterior e 9 por cento tomou por um período prolongado”, afirma Luísa Figueira.

A especialista em psiquiatria sublinha que “os factores sociais têm um grande impacto na saúde mental e a crise económica, afectando um número significativo de pessoas, aumenta a probabilidade de perturbações emocionais principalmente ansiedade e depressão”.


citado de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51164&op=all

terça-feira, 14 de junho de 2011

As mulheres nasceram para ser mal dispostas?!

Estudo revela que o cérebro das mulheres é moldado de forma diferente, por isso estas têm mais alterações de humor

O título parece um comentário mal disposto de um marido chateado, mas na verdade, a ciência chegou à conclusão que o cérebro feminino tem umas conecções díferentes do masculino provocando assim mais alterações de humor, depressão e ansiedade. Estes sintomas podem piorar se a mulher em questão estiver num programa de dieta ou consumir muitos produtos light.

A forte tendência depressiva das mulheres sempre foi conhecida, cerca de uma em cada quatro mulheres sofre de depressão, enquanto que um e cada dez homens padece da doença. Esta tendência pode ser parcialmente explicada por factores sociais – as mulheres procuram ajuda mais facilmente que os homens. Contudo um estudo revelado recentemente na Suécia descobriu duas diferenças chave no modo em como os cérebros femininos e masculinos processam a serotonina – também chamada de hormona da alegria.

Bons níveis de serotonina podem aumentar os sentimentos de alegria, reduzir o apetite e melhorar o sono. Baixos níveis estão associados à depressão.

Actualmente os investigadores do Instituto Karolinksa na Suécia, têm vindo a usar digitalizações cerebrais para investigar os níveis de serotonina. E as novidades não são felizes para as mulheres. Os estudos mostram que os cérebros mulheres usam mais serotonina que o dos homens, assim estas têm mais receptores que os homens.


Assim como as mulheres têm mais partes do cérebro a utilizar esta hormona, esta acaba por ficar pouco disponível, baixando assim o seu sentido de humor e fazendo com que tenham alterações de humor muito mais facilmente. 
 
in www.sabado.pt

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Retardar o envelhecimento com ler, escrever e contar

Estatégias simples estão a ser testadas por gerontólogos para estimular idosos e tirá-los de casa

Helena Norte

Travar a perda de capacidades físicas e cognitivas associadas ao envelhecimento não exige meios sofisticados e caros. Há estratégias simples que podem ajudar a melhorar muito a qualidade de vida dos mais velhos.
A inversão da pirâmide etária - já existem mais idosos do que jovens - obrigou a estudar o processo de envelhecimento com outros olhos. O surgimento de uma licenciatura em Gerontologia Social, na Escola Superior de Educação João de Deus (Lisboa), é sintoma de uma recente preocupação com a problemática do envelhecimento. No entanto, a profissão de gerontólogo social, que se ocupa mais do processo de envelhecimento e menos da biologia das doenças associadas, ainda não está reconhecida em Portugal.
"A nossa perspectiva é que o envelhecimento começa na barriga da mãe e parte do paradigma de que, mais do que os imperativos biológicos, o que faz as pessoas sentirem-se idosas é o discurso social de que se está velho e que, portanto, já não se é capaz nem vale a pena continuar a ter uma vida com qualidade", explica Joaquim Parra Marujo, director da licenciatura em Gerontologia.
Para parar a delapidação somática-gnósica (ou seja, a perda de competências físicas e mentais, principalmente a memória), os gerontólogos propõem estratégias para tirar os "pantufeiros" de casa e preservar a história de vida e a auto-estima. A criação de bancos de memória - com histórias, fotos e tudo o que ajude o idoso a activar a sua memória e interagir com a família - é uma forma eficaz de o fazer, de acordo com este professor universitário.
A estimulação cognitiva pode também fazer-se com actividades semelhantes às que desafiam as crianças, como ler em voz alta, interpretar textos, fazer contas e escrever diários. "Não é preciso tecnologia de ponta", sublinha Joaquim Marujo, que dá como exemplo arranjar um cão ao idoso para que ele tenha algo que cuidar e o obrigue a sair de casa. Experiências como estas estão a ser testadas na Escola de Educação João de Deus, cujos cursos de informática já permitiram que idosos aprendessem a funcionar com o skype e contactassem com familiares distantes.
 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Desafio 3


 qual a letra que deverá vir a seguir na seguinte sequência?



u   d   t   q   c   s   s   o   n   d  o  d   t   q   ?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Desafio 2

Vamos imaginar que segue por uma estrada ao volante do seu carro, numa noite escura e tempestuosa. Passa por uma paragem de autocarro onde estão as seguintes pessoas:

1 - uma idosa com um ar bastante debilitado;

2 - um velho amigo que já lhe salvou a vida uma vez;

3 - a pessoa com quem sempre sonhou.

O seu carro só tem lugar para mais um passageiro.. 

O que faria? 
Quem escolheria?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Resolução do Desafio

1
11
21
1211
111221
312211
13112221
1113213211
??????????????????

ora... é muito simples.. pessoas haverá que dirão que é estúpido... é somente uma prova de como a nossa cabeça pensa pensa pensa.. e às vezes só complica. Quando não encontram soluções.. simplifiquem!

ora o que se passa é o seguinte:
começa-se com o número 1
Na linha de baixo vamos somente escrever o que acabámos de ver na linha de cima: trata-se portanto de um número um, logo 1-1 (um um). e vamos seguindo..
o que vemos nós agora? dois uns, certo?
então na linha de baixo vamos escrever 2-1 (dois uns)
e na de baixo? vemos então um dois e um um, logo, 1211... e assim sucessivamente..

assim sendo, em vez dos pontos de interrogação deveria vir: 31131211131221

que tal salsa?
:)